Estadistas de várias épocas da nossa história, atores que pensam no desenvolvimento social e econômico em todos os cantos do mundo, especialistas da área da educação, sempre defenderam a tese de que para que haja de fato riquezas dos povos, grandeza cultural e intelectual, bem como desenvolvimento econômico pleno, é preciso que se eduque o povo, que se estabeleça Educação Pública, gratuita e de qualidade, principalmente no Ensino Superior.
Jamais se pode discordar de que para que possamos ter pessoas com capacidade intelectual e técnica para promover riquezas e soluções sociais, sem que essas pessoas não tenham o ao ensino superior, principalmente quando essa maioria absoluta das pessoas ganha salários muito baixos, jamais teremos um país que de fato possa ser considerado uma nação desenvolvida.
É inissível a proposta de se pagar pelo ensino público superior, que para melhor se entender é privatizá-lo no Brasil, quando se ver dados referentes aos impostos que são pagos no país. Segundo dados do o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), é necessário trabalhar cerca de 149 dias do ano para quitar tributos, com um rendimento médio de R$ 2.789,00. A quantidade necessária de dias de trabalho varia de acordo com a renda, que entre R$ 3 mil e R$ 10 mil, leva 157 dias para alcançar o objetivo. Nas rendas superiores a R$ 10 mil, são 150 dias.
Então não se sustenta tal absurdo como se fosse normal. E mais absurdo é que a proposta é apresentada e relatada por nada mais nada menos do que por gente que nada de educação e desenvolvimento econômico entende. Afinal, de que mesmo entende de educação ou desenvolvimento brasileiro esse deputado desconhecido do grande público, o tal de General Peternelli, e o rapaz que até outro dia fazia barulho nas ruas, Kim Kataguiri, ambos do União Brasil paulista?
Não se sustenta a justificativa de que com isso vai se ter recursos principalmente para investir em ciência, tecnologia e qualidade daquele ensino, pois quem paga mais impostos para que o Estado dê as condições para que toda a sociedade brasileira tenha direito à educação Pública, e aos resultados de pesquisas em novas tecnologias e da ciência, são os cidadãos de menor poder aquisitivo.
Estão brincando e achincalhando com a sociedade brasileira, porque estão dialogando com uma realidade diferente do ado recente em que havia reação à altura, ou seja, a maioria dos cidadãos que foram colocados nos laboratórios de cegueira política não estão reagindo politicamente contra esses absurdos. E querem mudar o sistema de ensino superior sem aceitar, ou até mesmo não entender, sobre a realidade brasileira. Mas tudo tem limites, e esses limites são as urnas de outubro.